
github.com/oigabreel/pontolivre
ponto livre é um módulo baseado em código aberto que auxilia crianças com deficiência visual no seu primeiro contato com o alfabeto Braille através de estímulos da memória tátil.
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Hoje, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, e a deficiência visual é a mais comum entre as pessoas. Ao menos 5,5 milhões são deficientes visuais, e mais de 500 mil são cegos segundo o IBGE.
A cada ano aumenta o número de pessoas com deficiência em salas de aula comuns. Entre 2005 e 2015, o aumento de crianças e jovens deficientes passou de 114.834 para 750.983, de acordo com o Censo Escolar do lnep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Crianças deficientes visuais passam por um processo de alfabetização diferente de crianças videntes, pois seu processo de leitura e escrita, o Braille, requer um treinamento prévio do tato. Crianças com deficiência visual demoram a conhecer o ambiente e desempenhar suas totais funções motoras, por isso necessitam de um estímulo maior nos primeiros anos de aprendizado. O Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais. Lido da esquerda para a direita, cada célula Braille permite 63 combinações de pontos. Assim, formando o alfabeto e números.
A questão da acessibilidade para os deficientes sensoriais está estabelecida pela Lei nº 10.098/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5296/2004.
Para conhecer a fundo as metodologias e necessidades das crianças com deficiência visual, foi realizado um estudo aprofundado com pesquisa secundária em materiais pedagógicos e leituras especializadas, além de entrevistas com profissionais da educação e alunos, e mapeamento de atividades das crianças. O Instituto de Cegos Padre Chico e a Fundação Dorina Nowill para Cegos, ambos situados em São Paulo, foram escolhidos como pontos voluntários para o estudo. Por questões segurança, os registros nas instituições não podem ser divulgados.

Com base nas descobertas, se questionou como seria possível facilitar o pré-estímulo tátil de crianças com deficiência visual para prepará-las para a alfabetização?
A solução que o projeto propõe é desenvolver uma ferramenta tecnológica, de fácil reprodução, que auxilie crianças com deficiência visual no primeiro contato com o Braille.
O projeto sustenta sua relevância por possuir pesquisas que comprovam a carência de materiais de apoio na pré-alfabetização de crianças com deficiência visual, além de incentivar a criação de materiais mais eficientes na educação com as novas tecnologias livres, dado o público crescente para este mercado.











